POLYPODIACEAE

Lellingeria brasiliensis (Rosenst.) Labiak

Como citar:

Julia Caram Sfair; Tainan Messina. 2012. Lellingeria brasiliensis (POLYPODIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

VU

EOO:

11.983,875 Km2

AOO:

32,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais e acima de 1000 m nas localidades Serras da Bocaina, do Itatiaia e dos órgãos (Condack, 2006).Os registros botânicos indicam que a espécie pode ocorrer até 2400 m de altitude (Brade, A. C.; Tamandaré, F., 768, RB 31700)

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(iii)
Categoria: VU
Justificativa:

<i>Lellingeria brasiliensis </i>é uma samambaia encontrada acima de 1.000 m de altitude nas Serras da Bocaina, do Itatiaia e dos Órgãos. Tem distribuição restrita (EOO=10.462,70 km²) e está sujeita a oito situações de ameaça. Uma das ameaças a sua sobrevivência é a alta frequência de incêndios no Parque Nacional do Itatiaia. Portanto, a ocorrência em duas unidades de conservação (SNUC) não necessariamente protege a espécie da extinção. É considerada "Vulnerável" (VU).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta ombrófila densa (Salino et al., 2009)
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: A espécie é epífita, raramente rupícola (CNCFlora, 2012)

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4.2 Human settlement local low
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos entanto tem como ameaça o crescimento urbano e a construção de condomínios sobre a floresta nativa e escarpas de montanhas (Miller et al. 2006).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
10.5 Fire local low
As atividades humanas são as que mais ameaçam a conservação do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Nos meses entre junho e setembro é comum a origem de focos de incêndio promovidos pelos moradores para eliminar ervas daninha ou mesmo por vândalos e baloeiros (Miller et al. 2006).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
7.4 Wildfire local low
O Parque Nacional do Itatiaia apresenta ao longo de sua história episódios de incêndios extensos e duradouros, como o ocorrido em 1963 que atingiu cerca de 10.000 ha, permanecendo ativo por mais de 40 dias. Aximoff; Rodrigues (2011), com base nos incêndios ocorridos em 2001 (600 ha), 2004 (600 ha) e 2007 (800 ha), sugerem padrão de ocorrência trienal para os grandes incêndios mesmo que em áreas não sobrepostas (dados dos limites do incêndio de 2004 não foram encontrados). De maneira a reforçar esta hipótese, em 2010 o PNI teve mais de 1.100 ha de campos de altitude queimados em um único incêndio (Aximoff, 2011).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Extinta" (EX), segundo a lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004)
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação (SNUC): Parque Nacional do Itatiaia, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, RJ e Estação Ecológica Itapeva, SP (CNCFlora, 2011)